terça-feira, 5 de julho de 2011

A MORTE






dema

Hoje a morte visita meus sonhos,
faz presença em qualquer pensamento,
está comigo a todo momento
sem a cara dos monstros medonhos.

Não se furta a nenhuma lembrança
e quer ser a fiel companheira,
resumir minha vida inteira,
travestir-se de toda esperança.

Revelou-se tratar-me amigo,
transcendência para o além,
pretender-se pra sempre comigo,
inda mesmo enquanto de aquém.

Me aproveito desta amizade
pra cercar-me cautelosamente,
implorando até por caridade
que não leve meus queridos entes.

Todavia nem jura ela faz,
pois se diz de tudo sabedora,
buscar apenas a minha paz,
escudeira e também salvadora

Inda assim não me entrego em seus braços,
não a sinto minha Cinderela,
embora tenha certeza dela,
vou fugindo dos seus abraços.


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