domingo, 29 de abril de 2012

NO REINO DE ALI BABÁ.



dema

Terça feira, 6:10 da manhã. Hora da caminhada no parque da cidade. Levanto-me e me apronto. Tomo da chave e documentos da caminhonete e rumo para a garagem.
- Ué, ela não está ali. Meu Deus, cadê essa danada?
Verifico os portões. Todos fechados, nenhum sinal de arrombamento.
Retorno à cozinha, pego outro controle eletrônico e abro um deles.
Névoa espessa e fria enche a rua ainda deserta.
- Gente, olha aí a caminhonete, na contramão, mas em frente à casa!
Nenhum outro carro e nenhum movimento.
- Como me esqueci de guardar essa bichinha?
Ora, mas ela não poderia estar ali. Inevitavelmente teria sido roubada ou depredada, porém, rodas e pneus intactos.
- Será que quebraram os vidros?
- Não. Estão fechados e inteiros, apenas embaçados.
- Quem sabe a riscaram?
Circundo-a e nada. Perfeita.
As maçanetas, parecendo intocadas. Nenhum sinal de tentativa de violação.
- E se tiverem colocado uma bomba?
Deito-me debaixo do veículo, pelo lado de trás. Vasculho tudo e... nada. Talvez não a levaram porque a noite de segunda feira é vazia...
- Não, não pode ser. Existe alguma coisa errada neste reino de Ali Babá!

Súbito, acordo assustado com o barulho de partida de carro vindo da garagem. Levanto-me apressado, abro a janela do quarto e olho naquela direção. É meu filho saindo para o trabalho em seu carro.
- Ah, a caminhonete está lá, como sempre, ao lado do barco. Eu sabia que havia algo errado!...



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