sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Vem, menino!


(dema)
 

Hoje o sol não se mostrou,

pediu folga.

Embebedou-se em Moscou,

beijando Olga.

O dia parece finados,

garoa e nublado.

Na manjedoura ruminam os bichos,

junto ao nicho,

no aguardo do menino-Deus,

(desta vez com capricho).

Ansiosos estamos todos:

o que Jesus nos dirá?

(Se o mundo não acaba hoje,

quando acabará?)

Vem ele dizer-nos “oi”,

dar-nos adeus

ou nos buscar?

Esse  mundo besta

não é o que dera.

Por longas eras,

um paraíso;

hoje, um “para com isso”:

que ganância,

que fome na abundância!

Que droga,

que miséria!

Moral virou pilhéria;

amor, despudor.

Limiar do ocaso

ou nova primavera?

Vem, menino,

vem de novo  nos redimir!

Ser o caminho e a luz,

matar a fome do povo,

fome de paz,

fome de amor.

Vem e reluz.

Desembebeda o sol,

dá-lhe muita água e sal,

depois, um sonrisal.

Numa boa,

leva embora essa garoa,

faze da luz um varal

e nele grava:

ao menino e a todos,

Um feliz natal!!!

 

 

Em 21/12/12

 

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