segunda-feira, 14 de novembro de 2016

Virtuais


dema


Sonho em sonhos
poder imaginar
os tons
do teu pensar,
contar as borboletas zigue – zague - antes
trombando imagens va – gue - antes
de teus ídolos;

amo vaticinar
o meu retrato nos teus devaneios.
Sei, no fundo, que apenas
ninas momentos de escape
borboletantes da razão,
a tua caixa de pandora
farta de desesperança,
estufada, então, de transeuntes cerebrais
despolvilhados de um mascavo afeto.

Quem me dera lamber,
se houvesse,
o doce dos teus devaneios!
Ah, talvez minh’alma visse
o ser acre em mim e doce em ti.

Inflama o ego vasculhar esse baú
_ muralha inexpugnável,
desejo inatingível _ e
perceber-me meta-posse em ti.


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