sexta-feira, 13 de novembro de 2009

HORA DO POETA

Dema

É sua hora de poesia.
Fale das belezas que o comovem
Ou chore a angústia dos amores,
Mas fale, é sua hora!
Criança, balbucie entre lágrimas!
Por que não pode dizer?
É a sua vez. Fale!
Você está só, entre fantasmas,
Sonhando com miséria humana,
Vendo a morte de outros tantos
E com amantes sua amada.
É seu momento, poeta!
Chore em versos seus lamentos,
Molhe em lágrimas sua pena,
Conte-nos sua visão!
Intérprete, é sua hora
De ser a multidão na rua,
No trabalho, nas festas,
Na tumba, na guerra.
Onde as musas de seu estro
E o lirismo de seus versos?
Pra que plagas, meu poeta,
Seqüestraram a inspiração?
- Pr’outro lado do Universo.

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