segunda-feira, 1 de março de 2010

Saudade

                                                       Dema


Nunca imaginei que algum dia
Sentiria saudades de ti.
Presente ausência, amargo sabor,
Denunciando existência d’amor.


Fel regurgitado de azia
Queimando-me o corpo e trazendo
Momentos de grande agonia,
Ou deixando-me a mente vazia.


Dor cruel que corrói minha essência,
Tal ou mais que a do parto sentida,
Rompe o cerne de minha existência,
Larga aberta na alma u’a ferida.


Bem ao certo, não sei que é saudade,
Se é prazer ou se é crueldade:
Se lembrança doce de quem fica,
Se ausência viva de quem parte .


Se a dor que oprime quem não fora
Pela ausência daquele que partira
Com lembranças enchendo noite em claro,
Questionando se a relação falira.


Se as boas lembranças tem quem fora
Quais de quando junto a quem ficara,
Se amargura que desde então fruída
Em temer por aquele que deixara.


A mim parece prazer doce lembrança,
Se traz consigo um quê de felicidade,
No entanto, quando na distância,
Se há dor, assim há de ser saudade.

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