quinta-feira, 29 de abril de 2010

Dia especial

Hoje é um dia especial para mim, Leonice e meus  filhos (Daniel, Karine e Camila).Katheriny foi-nos concedida em adoção. Ela é uma graça, uma dádiva divina. Dela cuidaremos como uma flor. Mesmo que venha ter algum espinho, há de enfeitar nossa família. Há de crescer, de fazer-se gente e gente feliz. Para isso contamos com a ajuda divina.


 Katheriny, seja bem-vinda!

domingo, 18 de abril de 2010

Cavalcanti faz 60 anos - II - Mensagem de Adilson Cunha

Na passagem dos 60 anos de Afonso Cavalcanti, Adilson Cunha, nosso companheiro e amigo, contatou o aniversariante, dirigindo-lhe as palavras abaixo. Como citou-me no texto, encaminhou-me o conteúdo da mensagem, que, mesmo sem lhe pedir autorização, tomei a liberdade de aqui divulgar. Mensagem de amizade, de companheirismo, recheada de sinceridade, presta-se a exemplo para muita gente.
Um abraço a ambos.

Ademar


Meu amigo Afonso de Souza Cavalcanti
Paz e Bem.
Saudações Franciscanas



Acabo de receber o seu livro intitulado “Caminhos da Vida: Passeio ou Ocupação Contínua em 60 Anos “.
De fácil linguagem, por isso posso lhe dizer: li-o numa passada. Comecei assim que recebi e terminei à noite, na escola. E como não podia ser diferente, rascunhei estas poucas linhas.
Você me levou a rememorar o meu tempo de criança e de juventude.
Levou-nos, antigos companheiros, a rever as nossas dificuldades e as nossas esperanças, as nossas conquistas e as nossas frustrações.
Nossa vida poderia ser bem diferente, mas foram os caminhos percorridos que hoje nos conduzem às vielas da existência e a gritar: venci.
Nestes dias, eu dizia para o Edélcio: “não vim para Aparecida pra me casar. Vim para atendera um chamado, como também não nasci para dar aulas,no entanto, faço isso há 33 anos.”
Gostaria de ter tempo ocioso para conversar com cada um de vocês, jogar conversa fora, rememorar os quatros anos de SRSA e, assim, mergulhando naquele passado, trazer à tona a riqueza que cada um tinha e tem. Entretanto, a vida segue e isso não está acontecendo. Já são passados 36 anos desde que nos separamos.
É interessante relembrar que os padres acreditavam em nossos tacos.
Há tempos, tive a oportunidade de conversar com o Dorivaldo, que me revelou coisas dantes não sabidas. E o Edélcio também. Numa mensagem, disse-me este, muito superficialmente, que quando chegamos, a nossa vocação adulta contrastou com a dele e de outros, vocações de crianças; e muitas outras coisas, que ora desimportam relatar.
Naquele tempo, tive problemas de adaptação. Chorava muito pelos cantos e não me era fácil adequar ao grupo. Havia colegas legais, mas também outros que queriam me ver longe dali. É bem verdade que tenho um temperamento difícil, mas eu precisava vencer. Nunca fui acostumado a estudar em demasia.
Falando do Ademar, eu sabia que ele havia passado por outro seminário, mas não que tivesse sido da Congregação dos Sagrados Corações. Conheci muitos integrantes desta instituição: Pe. Aloísio, Pe. Henrique, Pe. Jair, Ir. Ediberto e outros , inclusive alguns que faleceram e de cujos nomes não me recordo. O Pe. Délcio, que deixou o ministério... Cheguei a dar aulas para alguns seminaristas deles. Também não sabia do seu apelido “Tiné “, que havia perdido o “pá” e o “te” de Patinete.
Deus não escreve por linhas tortas, mas por linhas certas. A esperança não é a última que morre. Na verdade, ela não morre.
O Ademar disse que a turma era da pesada. Não porque eram obesos, mas porque eram excepcionais e expoentes: na música, nas letras, no teatro, no futebol.....E eu tive problemas em me adequar com essa cultura.
E quem não se lembra do Jandaia dando aulas de história dentro do próprio seminário? Quem sabe não foi lá que ganhou uns trocados para comprar o fusca amarelo. Deveria ser uma “brasília amarela”. Gostei da caminhoneta da Willis.
Numa das fotos, aparece o Marcelino. Sumiu ? E o Rosalvo Bispo ? Tinha um outro que ficou por pouco tempo, de cujo nome não me lembro. Tinha acabado de sair do exército.
Certa vez tirei o um dez numa redação. Victor Hugo pediu que fizéssemos uma intitulada “Perfil Psicológico de Um Professor”. Este foi o segundo na originalidade, porque quando cursava a Escola Normal, uma professora determinou a leitura de “Vidas Secas”, de Graciliano Ramos. E qual foi o exercício? Falar do Nordeste, tendo como pano de fundo o conteúdo do livro.
Meu amigo Afonso, resta-me felicitá-lo pelos sessenta anos. E como o homem foi criado para viver 120 anos, você está só na metade. Parabéns. Viva Sto. Afonso. E que você possa viver e animar os lugares por onde anda. Que a Virgem de Aparecida cubra-o de bênçãos, e de igual modo aos seus. E ao Ademar, que se fez presente no seu livro, o nosso abraço. Inté mais.
Cunha.

sábado, 17 de abril de 2010

Professor Cavalcanti e seus 60 anos

Professor Afonso de Sousa Cavalcanti comemora seus 60 anos com lançamento de livro.

Afonso Cavalcanti muito nos tem brindado com textos e comentários que, com prazer, publicamos em nosso site( http://www.demaisilva.com.br/ ) e neste blog.


Sua pessoa, pela vida, sinonimiza idealismo, força de vontade, busca perene de saber e de interferência no grupo social de que participa.


Fomos colegas de seminário por vários anos em Aparecida do Norte/SP, quando iniciamos nossos primeiros cursos superiores e amigos até hoje.


Sua evolução cultural é por ele mesmo explicada no texto que segue.


Em março p.p., comemorou com amigos, no seu sítio Ligela, em Mandaguari/PR, seus 60 bem vividos anos. Missa de ação de graças e festejos, com lançamento de livro, marcaram o evento.


O livro lançado, capa abaixo, vem juntar-se à série de outros de sua autoria já publicados.


Parabéns ao amigo Professor. Que muitos anos se lhe estendam à frente para que continue sua jornada ativa e culturalmente fecunda.
(Dema)



O livro “CAMINHOS DA VIDA: PASSEIO OU OCUPAÇÃO CONTÍNUA EM 60 ANOS?”, de Afonso de Sousa Cavalcanti, é uma obra que o autor apresentou para indicar aos seus leitores que o escritor, ao exercitar a tarefa de escrever, torna-se leitor, escritor e excretor. Segundo Afonso, este livro foi fruto de prazer. Na condição de leitor e estudioso da história, buscou alguns dos mais significativos acontecimentos de cada década (partindo dos anos de 1950 e fechando em 2010), registrando, com eles sua história de vida.


Nascido em 1950, o Professor Afonso de Sousa Cavalcanti entrou para a história ainda sob os efeitos negativos da Segunda Grande Guerra Mundial. O interessante é que sofreu os efeitos positivos e negativos de vários fatos sociais, que segundo Émile Durkheim, nos trazem a exterioridade, a coercitividade e a generalidade. Ei-los:


a) em 1950 nasceu a televisão no Brasil. A princípio, telinha em preto e branco, depois tela grande e com imagem colorida. No início tudo era simples, a moralidade não permitia a exibição da sensualidade como a que hoje presenciamos;


b) a política demonstrou as eleições democráticas para governo do país e o desgoverno assentou a ditadura militar por 21 anos. As exigências populares trouxeram de volta as eleições democráticas. O voto popular nos apresentou Collor, Itamar Franco, Fernando Henrique Cardoso e Luis Inácio da Silva, à frente do governo federal. Apesar da democracia, a mancha da corrupção ainda continua instalada das mais altas às mais baixas esferas da política;


c) nos esportes, os brasileiros choraram em 1950, pela derrota da copa para o Uruguai, mas sorriram em 1958, quando da conquista do primeiro título na Suécia; voltaram a abrir sorrisos largos, com a vitória do bicampeonato, em 1962, no Chile; depois festejaram o tricampeonato, no México, em 1970; 24 anos depois, em 1994, o Brasil ganhou o tetra em terras dos Estados Unidos da América; para finalizar e calar a boca de muitas seleções, em 2002, o Brasil trouxe o título do pentacampeonato mundial. Em 2010, nosso país partirá para o hexacampeonato;


c) na trajetória da Igreja Católica, seus fiéis viram a morte do papa Pio XII e aplaudiram a eleição do papa João XXIII; anos depois, em 1963, a Igreja chorou a morte de João XXIII e se alegrou com a eleição do papa Paulo VI, o papa do Concílio Vaticano II; em 1978, faleceu Paulo VI e foi nomeado papa João Paulo I, que permaneceu no pontificado por um mês apenas; ainda em 1978, foi eleito o papa João Paulo II, que fez um longo pontificado com dezenas de viagens pelo mundo inteiro; em 2005, o mundo assistiu a morte de João Paulo II e o conclave dos cardeais elegeu o papa Bento XVI;


d) a informática apresentou centenas de inovações e invenções, lançando computadores cada vez mais aperfeiçoados até os mais sofisticados modelos portáteis que nos servem de ferramentas de trabalho. As inovações com gravações e memórias evoluíram do disquete ao CD e DVD e inovações com o pendrive. Partiu da memória real dos microcomputadores e nos externou às energias dos satélites dando-nos de presente a Internet. Hoje navegamos em qualquer lugar, em tempo real e integral;


e) o mundo continuou fazendo guerras e os países mais desenvolvidos investiram em armamentos bélicos, criando máquinas sofisticadas que seguem pela terra, pelo mar e pelo ar, gerando mísseis, antimísseis, armas letais e cruéis. A ambição de alguns países viu na indústria bélica soluções econômicas e por isso houve dezenas de proposições de guerras. Eu diria que a entrada dos Estados Unidos no Oriente Médio, destruindo e enforcando Saddam Hussein foi uma das mais cruéis ações bélicas da humanidade;


e) a população mundial passou por enorme explosão demográfica, embora surgissem políticas públicas de controle desta explosão. O domínio tecnológico nas mãos dos grandes capitalistas organizou e modernizou as grandes cidades e nelas e para elas desenvolveram-se os mais sofisticados meios de transportes, comunicação e entretenimento.


O produtor deste livro refletiu a história da humanidade e com ela encaixou a sua história. Sendo filho de agricultor e colonizador do Norte do Paraná, tornou-se agricultor e cafeicultor e por isso, vivenciando a cafeicultura paranaense, este a incentiva e a constrói. Apesar de ser originário da zona rural paranaense, migrou-se para o vale do Paraíba Paulista e de 1969 a 1974 fez-se seminarista redentorista, diplomando-se em Estudos Sociais e Filosofia. Sentindo-se fora de casa, retornou ao estado do Paraná e ingressou na carreira do magistério, tornando-se professor do Ensino Fundamental e Médio, por mais de 30 anos consecutivos. Neste período foi também diretor. O referido professor não parou em sua carreira docente, apenas com suas graduações. Anos depois (1984-1985; 1991-1992 e 1994-1995), especializou-se em Educação Especial, Geografia Física e Pedagogia Religiosa. Com seu ingresso, em 1990, no ensino superior, mais precisamente na FAFIMAN, FACCAR e UNIPAR, seguiu carreira docente e buscou diplomas no Mestrado em Filosofia e Doutorado em Educação, Administração e Comunicação. Para completar sua carreira, graduou-se em Pedagogia. Como dizem alguns: o Professor Afonso não parou ainda, pois no momento está cursando História, já na sua fase final de curso.


O autor do livro, por ser agricultor e líder comunitário demonstrou em sua obra que a propriedade rural precisa ser cuidada com esmero e somente terá sucesso o agricultor que investir em tecnologia e transformar sua propriedade em uma empresa, de forma a cumprir a finalidade social da propriedade da terra, conforme preconiza a Constituição Federal de 1988: dando moradia, produzindo para sustentar os moradores e com sobras para a comercialização, gerando empregos e protegendo o meio ambiente. Ele vai mais longe e afirma que o trabalhador rural também precisa de lazer e de celebrações sociais, por isso a propriedade da terra pode ganhar uma nova estética com investimentos de lazer, recreação e descanso.


O presente livro contou com a participação especial de Ademar Inácio da Silva, João Batista Cavalcanti e Manoel Messias Cavalcanti. No final do livro, o autor acrescenta dois textos seus: o primeiro destaca a participação dos ex-seminaristas redentoristas na UNESER e o segundo retrata a importância do ato de ler, escrever e expor o que se escreve.






(Resumo elaborado por Afonso de Sousa Cavalcanti. Professor de Filosofia, Sociologia e Política Educacional Brasileira, na FAFIMAN, Mandaguari, Paraná).


Outras obras de Cavalcanti:


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