quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Procura


dema

‘Stou a caminho no mundo
à procura de meu ser;
desci abismos sem fundo,
escorreguei sem querer.

Andei por trilhas incertas,
certo é que às vezes errei;
deixei feridas abertas,
das quais nenhuma cuidei.

Seguindo por vias tortas,
− Diga, Senhor, se eu o quis! −
vi a morte à minha porta,
como infiel meretriz.

Inda rumo vida a esmo,
vou menino sem pensar,
sequer encontro a mim mesmo,
nunca soube o que é amar.

O meu reino é o próprio mundo,
buscar-me é meu viver.
Na minh’alma, o mais profundo,
grave, Deus, como é meu ser.

 


 

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